João 1:17 Porque a lei foi
dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus
Cristo.
É necessário entender que a Bíblia é toda verdade e que suas
palavras são vida para todo aquele que crê. Tudo foi escrito por inspiração divina
e não há nada contraditório ou inverídico. Toda confusão que se faz é fruto de
nossa incapacidade de discernir as coisas espirituais, fruto da nossa
predisposição ao pecado e por nossos conceitos doutrinários arraigados na
tradição.
Marcos 7.6 Respondeu-lhes:
Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: Este
povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. 7.7 E em vão
me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. 7.8 Negligenciando o
mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens. 7.9 E disse-lhes ainda:
Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria
tradição.
O intuito dessa mensagem não é criar polêmica com nenhuma visão
eclesiástica nem me colocar numa posição de crítico da fé alheia, pelo
contrário, meu único interesse é compartilhar minha exegese bíblica da Graça de
Deus. Estou totalmente convicto de que o entendimento correto desse conceito
irá desembaçar a nossa visão espiritual e impulsionar a nossa fé a perceber que
Deus é bom e Sua misericórdia dura para sempre.
Jesus não cabe na bíblia. Grandes equívocos são cometidos por
querermos enquadrar o Senhor dentro de um livro. Pelo contrário, a leitura da
bíblia deve ser feita com a consciência de quem Ele é, o que Ele fez e como Ele
fez. É claro que o ponto de partida são as escrituras, mas elas nos ensinam acerca
Dele. A convivência e a fé nos fazem morada de Deus. Jesus é o centro da
interpretação bíblica.
Não podemos desassociar Deus da bíblia e muito menos a bíblia de
Deus, mas Deus é infinitamente maior do que a bíblia. A bíblia é aquilo que
podemos digerir de Deus, considerando nossa limitação cognitiva, mas sob o
ponto de vista espiritual, Deus tem muito mais a nos acrescentar, e isso acontece
naturalmente.
Desta forma, não é aceitável do ponto de vista da inspiração
divina, que a bíblia contenha incoerências, inconsistências ou contradições, de
modo que qualquer aparente divergência deve ser exaustivamente examinada
olhando não apenas a letra, mas o espírito por detrás daquela passagem,
analisando-se o cenário e as partes envolvidas.
Toda doutrina herética é originada por uma interpretação equivocada,
com forte tendência às conclusões tiradas de um versículo apenas, mesmo em
casos em que há toda uma convergência para uma direção contrária àquela
defendida pela doutrina.
Tome-se, por exemplo, o tão "polêmico" assunto do
divórcio. Mesmo com todo um contexto explícito na direção oposta à separação de
casais (de Gênesis a Apocalipse), por causa de um versículo (popularmente
conhecido como a cláusula do divórcio) pessimamente interpretado, foi criada
toda uma ideologia favorável à dissolução do casamento, que extrapola,
inclusive, a própria confirmação de Jesus.
Alia-se a isso, a extrema dificuldade humana de viver em
liberdade, fruto de uma natureza de pecado, onde a luta interna promove o medo
de ser livre e de não viver em santidade. Há também o legado de opressão e uma
síndrome de culpa que fazem com que o indivíduo prefira viver debaixo da lei a
receber o amor gratuito de Deus. A graça é impedida de ser recebida, pois
internamente somos doutrinados a “revidar” as ações, sejam elas más ou não.
Somos coagidos a devolver algo que nos foi dado, impedindo-nos de viver
plenamente o perdão e a salvação em Jesus sem nos motivar a tentar dar algo em
troca. Custa-nos acreditar que o amor é a motivação da Graça.
1João 4:7-8 diz:
"Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que
ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque
Deus é amor."
Se há algo que eu faça que não provenha de amor, de nada vale.
Profecias, línguas e conhecimentos passarão, mas o amor nunca perece. Mesmo uma
mãe pode se esquecer do filho que ainda mama no ventre, mas Deus nunca nos
abandonará, porque Ele é pai e amor. E esse amor, sem necessidade nenhuma de
assim fazê-lo, deliberadamente pela Sua abundante graça, criou todas as coisas
e trouxe à existência tudo o que é. Eu, você, dinossauros, galáxias e elétrons,
fomos criados pela graça do Deus, que não quis ser deus do nada, mas criou
todas as coisas e nos inseriu nessa maravilhosa engenhosidade do universo.
Deus que criou a lei que Ele mesmo completou, por amor a nós e
por Sua abundante graça.
Curiosamente, devido à confusão que se faz em torno da lei
hebraica, nos esquecemos da lei do Verbo. Não percebemos que ao defender a lei,
contraditoriamente, não conseguimos cumpri-la em sua totalidade e acabamos
escolhendo um ou outro mandamento, os quais julgamos válidos ou necessários à
manutenção do nosso tribunal imaginário. Por outro lado, descartamos vários
outros, impossíveis de serem obedecidos, aos quais aplicamos a premissa da
invalidade ou até mesmo conveniência.
Guardamos sábados esperando alcançar santidade, entregamos
dízimos na expectativa de obter algo em troca, nos colocamos como fiscais do
comportamento sexual humano, pelo simples fato de nos sentirmos protetores do
nome de Deus, ou seguranças da imagem que projetamos do Pai. Sentimos uma extrema necessidade de ter uma
legislação como álibi para nosso comportamento exterior, mas internamente
descartamos uma vida de santidade, a paixão pelo evangelismo e o amor pelas
vidas.
Minha proposta é fazermos uma viagem por esse infinitesimal conhecimento
que temos à disposição, que está longe de encerrar qualquer discurso a respeito
do tema, pois isso seria impossível de se fazer nesse pequeno espaço de tempo
que temos em vida. Ao mesmo tempo, nem precisaria que assim o fosse, pois é
exatamente a medida de fé que precisamos para que haja crescimento e maturidade
espirituais no sentido de recebermos sem medo de castigo o dom gratuito de
Deus.
1João 4.18 No amor não há
medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe
castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor. 19 Nós amamos
porque ele nos amou primeiro.
Não vivemos debaixo da lei. A lei durou até Jesus. Hoje, vivemos
pela Graça, se com Ele morrermos e com Ele tivermos o novo nascimento. Essa é a
aliança que Deus fez com a humanidade através de Jesus.
Observe com atenção essas afirmações do Apóstolo Paulo.
Romanos 3:19
Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se
cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, 3.20 visto que
ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei
vem o pleno conhecimento do pecado. 3.21
Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e
pelos profetas; 3.22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para
todos [e sobre todos] os que creem; porque não há distinção, 3.23 pois todos pecaram e carecem da glória de
Deus, 3.24 sendo justificados
gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus.
Romanos 8.1 Agora,
pois, já nenhuma condenação há para os
que estão em Cristo Jesus. 8.2 Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo
Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. 8.3 Porquanto o que fora
impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o
seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e,
com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, 8.4 a fim de que o preceito da
lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o
Espírito.
Colossenses 2.13 E
a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela
incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos
os nossos delitos; 2.14 tendo cancelado
o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual
nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz;
Antes de Cristo, os parâmetros para obedecer ou não a uma lei eram
meramente méritos e punições. Como podemos esperar que um sistema que exige,
pune ou recompensa de acordo com o esforço ou merecimento de alguém possa ser
bem sucedido? Isto pode parecer justo, todavia, todo o mérito e glória repousavam
sobre o ser humano.
A lei foi um instrumento utilizado para mostrar ao homem o seu
pecado e a sua necessidade de salvação.
Romanos 4.4
Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como
dívida. 4.5 Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio,
a sua fé lhe é atribuída como justiça.
Romanos 5.13
Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei.
Romanos 4.15
porque a lei suscita a ira; mas onde não
há lei, também não há transgressão.
Olhe para Abraão. Viveu muito antes de Moisés, portanto sem lei,
mas foi justificado pela fé, sendo ainda incircunciso, tornando-se pai de
todos. Quando voltava da guerra, entregou o dízimo de tudo para Melquisedeque. Este,
por sua vez, era sacerdote anterior a Levi. Ora, nem o dízimo nem a ordem
levítica sacerdotal haviam sido designados por Deus até então. Ambos viveram,
pela fé, uma aliança anterior àquela que foi feita no deserto. A bíblia diz que
o sacerdócio de Jesus é segundo a ordem de Melquisedeque. Esse sacerdócio é
para sempre e dele se forma a nova aliança, superior à primeira, consumada na
cruz pelo sacrifício eterno do Cordeiro perfeito, extinguindo para sempre todos
os pecados.
Gálatas 3.15
Irmãos, falo como homem. Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez
ratificada, ninguém a revoga ou lhe acrescenta alguma coisa. 3.16 Ora, as
promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos
descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu
descendente, que é Cristo. 3.17 E digo
isto: uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio
quatrocentos e trinta anos depois, não a pode ab-rogar, de forma que venha a
desfazer a promessa. 3.18 Porque, se a herança provém de lei, já não
decorre de promessa; mas foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente a
Abraão. 3.19 Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das
transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi
promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador. 3.20 Ora, o mediador não
é de um, mas Deus é um. 3.21 É, porventura, a lei contrária às promessas de
Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida,
a justiça, na verdade, seria procedente de lei. 3.22 Mas a Escritura encerrou
tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa
concedida aos que creem. 3.23 Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a
tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de
revelar-se. 3.24 De maneira que a lei
nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos
justificados por fé. 3.25 Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos
subordinados ao aio.
Romanos 3.28 Concluímos,
pois, que o homem é justificado pela fé,
independentemente das obras da lei.
"Quer dizer então que podemos matar, roubar, mentir e
adulterar que está tudo certo, ou seja, Deus é amor e perdoa tudo!?"
Romanos 3.31
Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a
lei.
Primeiramente eu perguntaria: não foi exatamente isso que já nos
aconteceu?
Em segundo lugar, se o indivíduo está com essa necessidade toda
de pecar é porque nunca recebeu o Espírito de Deus no seu coração e não sabe o
que é a Graça.
É claro que assassinos, roubadores, mentirosos e adúlteros (na
concepção exata da palavra) jamais poderão herdar o Reino de Deus, porque nunca
se arrependeram e são irremediáveis em suas condutas, mas o pecado, que atinge
a todos, não tem domínio sobre aquele que está debaixo da Graça, ou seja, é um
acidente de percurso, embaraçoso, repulsivo e rapidamente confessado. Não por
medo de perder a bênção ou salvação, mas por constrangimento de ter errado o
alvo e por amor a tamanha dádiva recebida. Nem tampouco porque isso é agradável
aos olhos de Deus, uma vez que não há nada oculto para o Pai, pelo contrário,
todas as coisas estão nuas diante Dele e é impossível surpreendê-Lo com algo
errado ou certo. Mas o amor de Deus nos impulsiona, através da fé, a nos
aperfeiçoarmos naquilo em que somos fracos, por dependência e amor.
Romanos 6.14
Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça. 6.15 E daí? Havemos de
pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!
A lei só tem autoridade sobre alguém enquanto ele vive. Por
exemplo, pela lei a mulher casada está ligada a seu marido enquanto ele estiver
vivo; mas se o marido morrer, ela estará livre da lei do casamento. De igual
forma, nós morremos para a lei, por meio do sacrifício de Jesus e agora
pertencemos a Ele. (7:1-4)
A fé suspende as obras como causa, e as faz tornarem-se apenas o
mero e natural efeito de se crer.
Romanos 5.20
Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça.
Cumprimos apenas leis morais, que independente de religião e
cultura, são instintivamente plausíveis de serem satisfeitas, mas que não têm
nenhum bônus de salvação ou ônus de punição, pois já ressuscitou o Cordeiro de
Deus, que tira o pecado do mundo.
Romanos 7.5
Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em
realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte.
7.6 Agora, porém, libertados da lei,
estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em
novidade de espírito e não na caducidade da letra.
A lei veio trazer para o homem a consciência de que ele é falho
em viver em comunidade. Não haveria necessidade de lei numa sociedade perfeita,
mas Jesus nos ensina a viver acima desse padrão, onde os nossos valores não
precisam se observados sob a luz da lei. A Graça é o favor de Deus para o
homem. É a indicação de que as falhas humanas são tão grandes e tão
irremediáveis, que só a morte de Jesus poderia aplacar tamanho abismo entre
Deus e a criação. Não houve milagre que Deus pudesse fazer para tirar o homem
da morte, a não ser a própria morte de Cristo.
Romanos 10.4
Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.
O cumprimento da lei deve ser por consciência, não por temor da
punição.
Romanos 13:5
Portanto, é necessário que sejamos submissos às autoridades, não apenas por
causa da possibilidade de uma punição, mas também por questão de consciência.
Romanos 8.33
Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica.
A
graça é um dom gratuito e razão de ser a salvação, motivada exclusivamente pelo
amor de Deus. Jesus resumiu toda a lei num só cumprimento.
Romanos 13.10 O
amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.
Efésios 2.14 Porque
ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da
separação que estava no meio, a inimizade, 2.15
aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para
que dos dois [judeus e gentios] criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a
paz.
Gálatas 3.10
Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque
está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas
no Livro da lei, para praticá-las. 3.11 E é evidente que,
pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. 3.12 Ora, a lei não
procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá. 3.13 Cristo nos resgatou da maldição da
lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito:
Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro ). 3.14 para que a bênção
de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela
fé, o Espírito prometido.
Pela lei, impossível de ser cumprida em sua totalidade, nos
transformamos em legalistas e julgadores, incapazes de correção, adeptos de
ritos e liturgias mecanizadas. Mesmo cientes de que sem amor de nada adianta,
insistimos na sua ineficácia.
1Timóteo 1.8
Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo, 1.9 tendo em vista que não se promulga lei para quem é justo, mas para
transgressores e rebeldes, irreverentes e pecadores, ímpios e profanos, parricidas
e matricidas, homicidas, 1.10 impuros, sodomitas, raptores de homens,
mentirosos, perjuros e para tudo quanto se opõe à sã doutrina, 1.11 segundo o evangelho da glória do Deus bendito,
do qual fui encarregado.
II Coríntios 3.13 E
não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel
não atentassem na terminação do que se desvanecia. 3.14 Mas os sentidos deles
se embotaram. Pois até ao dia de hoje,
quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo
revelado que, em Cristo, é removido. 3.15 Mas até hoje, quando é lido
Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. 3.16 Quando, porém, algum deles
se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado. 3.17 Ora, o Senhor é o Espírito;
e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.
Hebreus 7.12 Pois,
quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei. 7.13
Porque aquele de quem são ditas estas coisas pertence a outra tribo, da qual
ninguém prestou serviço ao altar; 7.14 pois é evidente que nosso Senhor
procedeu de Judá, tribo à qual Moisés nunca atribuiu sacerdotes. 7.15 E isto é
ainda muito mais evidente, quando, à semelhança de Melquisedeque, se levanta
outro sacerdote, 7.16 constituído não conforme a lei de mandamento carnal, mas
segundo o poder de vida indissolúvel. 7.17 Porquanto se testifica: Tu és
sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. 7.18 Portanto, por um lado, se revoga a anterior
ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade 7.19 (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma),
e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a
Deus.
Hebreus 7.22
Jesus tornou-se, por isso mesmo, a garantia de uma aliança superior.
Hebreus 8.6
Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele
também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores
promessas. 8.7 Porque, se aquela
primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo
buscado lugar para uma segunda. 8.8 E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis
aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a
casa de Judá, 8.9 não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os
tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não
continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor. 8.10
Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles
dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu
coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 8.11 E
não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo:
Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao
maior. 8.12 Pois, para com as suas iniquidades, usarei de misericórdia e dos
seus pecados jamais me lembrarei. 8.13
Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna
antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer.
Hebreus 9.6 Ora,
depois de tudo isto assim preparado, continuamente entram no primeiro
tabernáculo os sacerdotes, para realizar os serviços sagrados; 9.7 mas, no
segundo, o sumo sacerdote, ele sozinho, uma vez por ano, não sem sangue, que
oferece por si e pelos pecados de ignorância do povo, 9.8 querendo com isto dar
a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do Santo Lugar não se
manifestou, enquanto o primeiro tabernáculo continua erguido. 9.9 É isto uma
parábola para a época presente; e, segundo esta, se oferecem tanto dons como
sacrifícios, embora estes, no tocante à consciência, sejam ineficazes para
aperfeiçoar aquele que presta culto, 9.10 os quais não passam de ordenanças da
carne, baseadas somente em comidas, e bebidas, e diversas abluções, impostas
até ao tempo oportuno de reforma. 9.11 Quando, porém, veio Cristo como sumo
sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo,
não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, 9.12 não por meio de sangue
de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos
Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. 9.13 Portanto, se o
sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os
contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, 9.14 muito mais o
sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula
a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus
vivo! 9.15 Por isso mesmo, ele é o
Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das
transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna
herança aqueles que têm sido chamados. 9.16 Porque, onde há testamento, é
necessário que intervenha a morte do testador; 9.17 pois um testamento só é
confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei
enquanto vive o testador. 9.18 Pelo que nem a primeira aliança foi sancionada
sem sangue;
Hebreus 10.1
Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das
coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos
sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem. 10.2 Doutra sorte,
não teriam cessado de ser oferecidos, porquanto os que prestam culto, tendo
sido purificados uma vez por todas, não mais teriam consciência de pecados?
Hebreus 10.8
Depois de dizer, como acima: Sacrifícios e ofertas não quiseste, nem
holocaustos e oblações pelo pecado, nem com isto te deleitaste (coisas que se
oferecem segundo a lei), 10.9 então, acrescentou: Eis aqui estou para fazer, ó
Deus, a tua vontade. Remove o primeiro
para estabelecer o segundo. 10.10 Nessa vontade é que temos sido
santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas.
Hebreus 10.16
Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei
no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei, 10.17 acrescenta: Também de nenhum modo me
lembrarei dos seus pecados e das suas iniquidades, para sempre.
Jesus disse: “[Tetelestai] Está consumado!”. Ele completou a
lei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário