quarta-feira, 29 de junho de 2011

Reality Life

Hoje eu acordei pensando no BBB... não sei ao certo o porquê, talvez por ter lido alguma coisa no jornal, ou por ter visto alguma foto, não sei... O fato é que comecei a fazer uma análise do quanto esse tipo de “espetáculo televisivo” atrai as pessoas. Como somos levados a futricar, opinar, criticar e, principalmente, observar a vida alheia.

Pra começar, confesso que já assisti a um desses episódios; um dos primeiros, é verdade, e que, portanto, posso utilizar de um certo, digamos assim, conhecimento de causa, se é que isso existe.

Para aqueles que não conhecem (e prometo aos que não querem nem conhecer que não me aprofundarei nisso), o troço é mais ou menos assim: enfia-se numa casa, repleta de câmeras e microfones, um bando de gente de diversas origens e classes sociais, selecionada pelos diretores do programa, por critérios desconhecidos. Ao longo de três meses, essa galera tem que conviver racionando comida, passando por privações (não há contato algum com o mundo exterior) e se aturando sob circunstâncias muitas vezes desconfortáveis. Toda semana, após uma avaliação interna e do público, um participante é escolhido para deixar a casa. Aquele que permanecer até o final ganha o prêmio em dinheiro.

Bom, até então a fórmula é justa, né? Se o indivíduo se comportar lá dentro, ganha mais uma semana e assim vai sobrevivendo dia após dia, pois está sob vigilância 24 horas, onde quer que vá.

Dá a impressão de ser moleza. “É só eu me segurar, não falar muito, sorrir pra todo mundo e ser solidário com a galera. Pronto, ganhei 1 milhão!” Na verdade, não é bem assim. O ser humano não é tão dissimulado. Não por muito tempo. Aos poucos, homens e mulheres vão se soltando, vão se acostumando uns com os outros e, pior, vão conhecendo mais as fraquezas e limitações dos colegas. Não é raro vermos discussões acaloradas em todos os episódios. Em tese, é isso mesmo que os organizadores querem: bafafá, barraco, ibope.

Mas o que isso tudo tem a ver com esse artigo? Na verdade, tem e muito. Se formos parar para pensar e fazer uma analogia, vamos ver que nossa vida é um eterno Big Brother. Pensamos que estamos soltos nesse mundo. Achamos que aquilo que fazemos às escondidas ninguém vê. Concorremos para o prêmio final e somos submetidos a inúmeros desafios diariamente.

O Apóstolo Paulo diz, na carta aos Romanos (8:36) Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro.

Fomos escolhidos [ (Romanos 8:30) E os que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou a esses também justificou, e os que justificou, a esses também glorificou ] para viver nesta casa, na esperança de um dia podermos viver num lugar muito melhor [ (Ageu 2:9) A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos exércitos; e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos exércitos ]. Fomos chamados para viver em comunhão e harmonia [ (João 15:12) O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei ]. Somos submetidos a diversas tribulações e tentações. Passamos fome, dificuldades, dor, solidão, angústia, saudade [ (João 16:33) “... no mundo tereis aflições ... “ ]. Seguimos para um alvo [ (Filipenses 3:14) Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus ], mas somos vigiados 24h por dia. Pensamos que nossos atos não são vistos por ninguém, mas sabemos que há Um que tudo vê [ (Provérbios 15:3) Os olhos do Senhor estão em toda parte, observando atentamente os maus e os bons ]. Muitas vezes fingimos não saber disso, mas dentro de nós somos convencidos do pecado e da injustiça [ (João 16:8) E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo ].

O pior engano é quando enganamos a nós mesmos. Temos visto muitos enganados; enganados quando dizem que não está na hora de entregarem suas vidas a Jesus porque precisam antes, largar os vícios, a prostituição, o adultério, fazer isso ou aquilo, e nesse auto-engano prosseguem.

A Graça de Deus é a oportunidade que temos de experimentar da Sua misericórdia e bondade e um convite incessante para que nos rendamos a Ele.

A ovelha perdida é um ser irracional, impedido de voltar pra casa. Da mesma forma, o dracma perdido, pois não tem culpa de não poder ser achado. Já ao filho pródigo, Deus dá a chance de se convencer e retornar ao ponto de partida para refazer a sua história.

Volte-se para Deus agora mesmo. Há tempo para todos nós enquanto estivermos nesta terra. Ao contrário do BBB, onde um só participante herda o prêmio ao permanecer na casa, no Reino de Deus há espaço para todos e a promessa é de uma nova vida, numa nova casa, como foi dito em (João 14:2) Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito.

(Isaias 49:15) "Eu não me esquecerei de ti", diz o Senhor.

Graça e Paz

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